Durante a cúpula realizada em Paris, na qual o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está presente, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que as nações ricas finalizaram um compromisso de financiamento climático de US$ 100 bilhões para os países em desenvolvimento. Além disso, foi criado um fundo para a biodiversidade e a proteção das florestas. O objetivo da cúpula é aumentar o financiamento para as nações de baixa renda, aliviar suas dívidas, reformar os sistemas financeiros pós-guerra e liberar fundos para combater as mudanças climáticas.
Embora a promessa de US$ 100 bilhões represente um valor abaixo das necessidades reais dos países pobres, ela se tornou um símbolo do fracasso dos países ricos em cumprir os compromissos de financiamento climático. Isso tem alimentado a desconfiança nas negociações climáticas mais amplas, à medida que os países buscam aumentar as medidas de redução de CO2. A cúpula em Paris reuniu cerca de 40 líderes, incluindo representantes de países africanos, o primeiro-ministro da China e o presidente do Brasil, com o objetivo de impulsionar uma nova agenda financeira global.
Ao final da reunião, foi alcançado um “consenso completo” para uma “reforma profunda” do sistema financeiro mundial, embora não tenha ocorrido a revolução esperada para atender plenamente à luta contra o aquecimento global sem comprometer a redução da pobreza. Macron destacou avanços, como um acordo entre vários países credores para reestruturar a dívida da Zâmbia e o cumprimento da meta de redistribuir 100 bilhões de dólares em direitos especiais de saque aos países pobres, algo prometido em 2021. No entanto, os resultados concretos do evento foram limitados, com destaque para acordos estabelecidos por grupos de países, como Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha e Barbados, em conjunto com o Banco Mundial e outros organismos, para criar um sistema que suspende o pagamento da dívida em casos de catástrofes naturais.
