Tudo novo, de novo

O calendário anuncia a chegada de um novo ano e esse período é de pensar novos planos, de balanço. Fazer uma retrospectiva do que fizemos ou deixamos de fazer, fica quase inevitável. É como que um ritual: desengavetamos projetos e estabelecemos novos sonhos pois temos a sensação de estarmos fechando um ciclo e começando outro. A ideia da virada, da passagem de um ano para outro traz esse simbolismo e essa reflexão.
Contudo, se depois dessa reflexão entendermos que o ano que passou não foi dos melhores para nós, o importante é nos reprogramarmos para uma nova e melhor possibilidade. Sabemos que os nossos pensamentos, nossas falas e nossas ações determinam os acontecimentos de nossa vida. Então, esse é o melhor momento de nos darmos a capacidade de, com o positivismo realista, fazermos as boas mudanças que julgarmos necessário.
O modo como nos expressamos pode impactar outras pessoas, pois estamos de alguma maneira nos relacionando com elas. Não vivemos sozinhos, mas, a renovação começa dentro de nós, e, portanto, podemos ser, não só para nós, mas também para as pessoas com quem convivemos, um estímulo para ver o lado bom que a vida tem, compartilhando nosso entusiasmo e nossa solidariedade.
Depois desse período de euforia é comum entrarmos novamente na rotina, engavetando nossos projetos e delegando aos outros as condições de criar os nossos sonhos. Passamos, em vez de planejar o futuro, a nos preocupar com ele, pois geralmente olhamos para o futuro com os olhos voltados nas experiências que tivemos no passado.
Entretanto, o que temos de verdade é o nosso momento presente, e por mais que ele pareça curto, o momento é eterno, pois estamos sempre nele. O passado já foi e o futuro ainda não chegou. Vamos então fazer desse nosso momento um eterno agradecimento a tudo que somos e que temos com a eterna esperança de que nossas metas podem ser alcançadas, mantendo durante o ano todo o foco nos nossos objetivos.
A física quântica afirma: o futuro é incerto, mas com possibilidades; se boas ou ruins, dependerá de nós. Assim, o maior presente que podemos nos dar é percebermos o nosso agora, buscando sempre estar em contato com bons pensamentos, para com eles criarmos o melhor para nós. E, deste modo, motivados à renovação, reflitamos nas palavras de Emily Dickinson: “O para sempre é feito de agoras”.

Cidinha D’Agostino é Terapeuta Emocional e Psicoterapeuta Holística com foco na física quântica.
Autora dos livros: Ter ou Ser…eis a nova questão e Imagem e Semelhança